JESUS RESSUSCITADO
¹No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. ²Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. ³Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. ⁴Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. ⁵Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. ⁶Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão ⁷e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. ⁸Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. ⁹De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
JO 20, 1-9
O primeiro acontecimento da manhã do Domingo de Páscoa foi a descoberta do sepulcro vazio (cf. Mc 16, 1-8). Ele foi a base de toda a ação e pregação dos apóstolos, e foi muito bem registrada por eles. São João afirma: “O que vimos, ouvimos e as nossas mãos apalparam, isso atestamos” (1 Jo 1,1-2).
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Jesus ressuscitado apareceu a Madalena (Jo 20, 19-23);
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Aos discípulos de Emaús (Lc 24,13-25);
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Aos apóstolos no Cenáculo, com Tomé ausente (Jo 20,19-23);
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E depois, com Tomé presente (Jo 20,24-29);
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No Lago de Genezaré (Jo 21,1-24);
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No Monte na Galileia (Mt 28,16-20).
Segundo São Paulo, “apareceu a mais de 500 pessoas” (1 Cor 15,6) e a Tiago (1 Cor 15,7).
São Paulo disse: “Porque, antes de tudo, ensinei-vos o que eu mesmo tinha aprendido que Cristo morreu pelos nossos pecados […], e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e foi visto por Cefas, e depois pelos Onze; depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos duma só vez, dos quais a maioria vive ainda hoje e alguns já adormeceram"
No Apocalipse, João arremata: “Eu sou o Primeiro e o Último, o Vivente; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos, e tenho as chaves da Morte e da região dos mortos” (Ap 1, 17s).
Os apóstolos e a Ressurreição de Jesus
A primeira experiência dos Apóstolos com Jesus ressuscitado foi marcante e inesquecível: “Jesus se apresentou no meio dos Apóstolos e disse: ‘A paz esteja convosco!’. Tomados de espanto e temor, imaginavam ver um espírito. Mas ele disse: “Por que estais perturbados e por que surgem tais dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu! ‘Apalpai-me e entendei que um espírito não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho’. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, como, por causa da alegria, não podiam acreditar ainda e permaneciam surpresos, disse-lhes: ‘Tendes o que comer?’ Apresentaram-lhe um pedaço de peixe assado. Tomou-o então e comeu-o diante deles” (Lc 24, 34ss).
Aos apóstolos amedrontados, que julgavam ver um fantasma, Jesus pede que o apalpem e verifiquem que tem carne e ossos.
Nada disso foi uma alucinação, nem miragem, delírio, mentira nem fraude dos apóstolos, pois se tratava de pessoas muitos realistas que, inclusive, duvidaram, a princípio, da Ressurreição do Mestre. A custo se convenceram. O próprio Cristo teve que falar a Tomé: “Apalpai e vede: os fantasmas não têm carne e osso como me vedes possuir” (Lc 24,39).